Vi ontem durante a madrugada, a rubra Imagem sua pela janela. Não sei como descreve-la, Havia um intenso brilho Ofuscando minha visão, como uma virgem deitada, com sua real beleza...
E na imundice eu plantei rosas... ...todos os dias antes do pôr do sol eu já estava lá acreditando estar dedicando o suficiente, mas água e fertilizantes não bastam... ...não cerquei, não arranquei as pequenas ervas daninhas, afinal, que terreno baldio não tem ervas daninhas? Quando percebi, eu estava alimentando aquelas ervas daninhas e elas cresceram, e ficaram fortes e as rosas, as rosas nem chegaram a florescer... E assim como o péssimo jardineiro que sou, também tenho tentado cultivar amores da forma errada...
A ternura de teu toque, hoje é uma ausência, um toque frio do orvalho durante a madrugada vazia... Teus abraços tão doces, de perfumes de açucena, eram aconchegantes qual o ninho do beija-flor... Tua voz, a ternura com que ela me dizia palavras cheias de volúpias e desejos, parecia uma canção angelical... Teu olhar, agora tão distante, tão estranho à mim, tão contrário e vazio, tão indiferente ao que vivemos... Teu perfume, ainda o mesmo, um perfume doce embriagante, um perfume que é vinho um perfume que é a minha perdição...