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Mostrando postagens de maio, 2006

Sobre a paixão...

Se apaixonar é fácil, difício é ser correspondido, é por isso que há essa multidão de corações feridos...

Quando eu morrer...

Quando eu morrer que seja de repente, que eu tenha vivido tudo e não tenha nenhum sonho carente...

Não quero mais amores de sábado

Busco nesses turvos caminhos que a vida me oferece encontrar alguém por quem meu coração bata mais forte, alguém que eu olhe e me sinta seguro pra dividir os meus sonhos e meus segredos mais íntimos, alguém que eu possa proteger, dar carinho e atenção, e caminhar lado à lado nas noites tempestuosas... Busco a minha flor que nasce no monte mais alto, busco o meu imenso céu, onde plantarei constelações de poetas... Busco, apesar de tudo me mostrar que é impossível existir o amor puro, e desinteressado... Não quero mais amores de sábado, quero amar todo dia, não quero o rastro de cometas, eu quero a estrela d’alva...

Desilusão

Idealizo tanto que dói-me o peito ao ver que tudo é tão triste e vazio... ... e depois me ausento, mais e mais ainda, me ausento até dos sonhos, me ausento de mim... Amizades, família, tarefas, trabalhos, tudo fica suspenso, qual um sonho vazio... Se me ferir, já nem choro, já nem sinto, pois estou tão ausente... Vou ligar a Tv, talvez eu melhore...

Tercetos à Aline

Brilhou na distância e me enfeitiçou a negritude de seu olhar... ... lembranças da infância seus olhos me recordou, ah! como era fácil sonhar...

Mariana II

Seu olhar, uma questão abstrata e oculta que tentei decifrar... Seu nome, vibrações celulares que distorcem o ar, me penetram os ouvidos e me estraçalha o coração... Seu perfume, seu toque, seu calor, seu sabor, um doce café da manhã ao brilhar da estrala d’alva... Seus seios, hoje tão longe de mim, como dois altos picos gêmeos em terras distantes...

Valéria, minha vampira impura

Vem minha vampira impura, minha triste sombra vazia... Vem e deixa-me depositar estrelas no teu negro céu... Vem minha vampira impura, meu triste anjo torto... Vem e deixa eu me embriagar em teus venéficos lábios... Vem Valéria, vem vampira impura, deixa-me acalentar este negro pássaro espalmado que voa em teu quase alvo céu... Vem, que juntos nos livraremos desse algoz spleen que nos aflige...

Alma do Outro Mundo

Escondido meio à sombra, estático como um corpo frio, vagando na sombra oculto, silenciosamente e só... Ser inanimado, vazio, que chora ao ver em sonhos o esboço de uma vida, de toda uma vida que poderia ter sido... Ser alheio aos fatos mais cotidianos, como sorrir com os amigos, ser alheio à própria vida, ausente, vazio, vago, nulo... E este ser tão alheio, essa Alma de Outro Mundo, sou Eu meu Deus! ... meu Deus... Eu queria ser como os demais! ...

Ausência VI

Pra evitar quebrar as regras me ausentei do mundo e de tudo que eu poderia ter vivido... Hoje, nem sou um livre verso, nem soneto algum, sou apenas palavras vazias jogadas em desordem em um papel de pão rasgado e amassado...

Ausência V

Dos meus sonhos mais íntimos nada mais resta além do fogo de constelações extintas à milênios... Hoje em dia meus amores e meus pensamentos passam como estrelas cadentes deixando um brilho que logo se esvai...

Ausência IV

Caminho solitário. era por aqui que passávamos, bem ali naquele banco juntos sentávamos... Hoje, meus dedos são enlaçados por essa névoa fria de tua ausência... Estou tão machucado... Estou só, como um navio perdido numa tempestade no meio do oceano... Esta me matando essa insanidade... Não aceito a idéia de você ter morrido em meu destino... Sem a tua presença, me sinto um solitário menino...

Mais uma História não dita (Poesia Social)

Na fria e vil madrugada, pequenos inocentes ‘stão envoltos em notícias, e deitados na calçada... Seres que nem sonham mais, tantas vidas perdidas, pequenos inocentes, vivem qual animais... E o culpado não é o governo, e sim você, pois não exige uma solução e deixa que elas padeçam no inverno...

Eterna Lembrança (Acróstico)

M e guardou no ventre A tua carne, sangue e vida E ntregaste à mim... M ãe tu és quem na noite A tenta me acalentava E nquanto eu espirrava... M ostrando carinho A leitou-me com teu E lixir da vida M ãe, por toda a tua A tenção, como ontem, hoje E , assim, eternamente: Ao pensar em amor ou lembrar que um dia fui amado, lembrarei de ti...

Mariana

A ternura de teu toque, hoje é uma ausência, um toque frio do orvalho durante a madrugada vazia... Teus abraços tão doces, de perfumes de açucena, eram aconchegantes qual o ninho do beija-flor... Tua voz, a ternura com que ela me dizia palavras cheias de volúpias e desejos, parecia uma canção angelical... Teu olhar, agora tão distante, tão estranho à mim, tão contrário e vazio, tão indiferente ao que vivemos... Teu perfume, ainda o mesmo, um perfume doce embriagante, um perfume que é vinho um perfume que é a minha perdição...

Deixa – me

Quero tanto olhar em teus olhos, quero olha-los com toda inocência, com toda liberdade de livres versos, e com todo o carinho e ternura de um pequeno beija-flor... Quero tanto olhar em teus olhos e me ver neles refletido, quero tanto estar contigo, e ser mais que um bom amigo...

Tercetos tristes

O nosso amor foi como uma promessa de chuva no árido e morto sertão... Compramos sementes pra plantar, sonhamos tantos sonhos, mas no final foi tudo em vão a historia se repetiu e as nuvens se dissiparam muito antes de chegar ao sertão...

O vinho do solitário

À pouco raios cortavam os céus e iluminavam minhas lágrimas no espelho, agora há no ar um cheiro de terra molhada, e uma brisa fria... Agora, em muitos quartos, muitos casais se aquecem e se beijam apaixonados, enquanto eu aqui, estou agarrado à uma garrafa de vinho, inventando amigos, mulheres e histórias que jamais existirão, infelizmente...

Enquanto a chuva cai

Enquanto a chuva cai e o cheiro de terra molhada traz a sensação de paz, aqui, trancado em meu quarto, triste eu fico a pensar em tudo que não viveremos... Gotas caem. A chuva aumenta, minhas lágrimas também, e os trovões emudecem os meus soluços de saudade... Desejo tanto olhar em teus olhos, segurar em tua mão e beijar-te, eu sei que é impossível, mas gostaria que você soubesse... Enquanto a chuva cai e o cheiro de terra molhada traz a sensação de paz, aqui, trancado em meu quarto, triste eu fico a pensar em tudo que não viveremos...

Ainda era noite

Acordei, ainda era noite, mas não estava frio e pra minha surpresa não havia nada de sombrio... Acordei, ainda era noite, apenas faíscas no horizonte, e uma brisa leve acariciava minha fronte... Acordei, ainda era noite, pela porta entre aberta uns raiozinhos de luz iluminavam-na descoberta... Acordei, ainda era noite, e se eu tivesse sabido o que veria, pra ver mais eu nem teria dormido... Acordei, ainda era noite, e vi o que durante o dia ninguém nunca viu... Ah! que alegria... Acordei, ainda era noite, ela ainda acordada, olhava-me com um doce olhar de apaixonada...

Quando você passa...

Meu peito dói, qual se lanças o perfurassem por dentro, toda vez que você passa, parecendo nem me ver... Te quero tanto ao meu lado, sem tua luz, a escuridão me aprisiona e me machuca, qual algoz e vil madrasta...