O poeta e a alva dama
Certo dia, enquanto devaneava observando o horizonte, o poeta à avistou na distância linda e singela, como a garça branca em sua brancura de paz... Em seu peito o coração, antes calmo, agitou-se no mesmo instante, e o poeta, inquieto em seus pensamentos, ficou imaginando como atrair a atenção dela... As manhãs passaram, e a alegria do poeta findava quando ao longe surgia a imagem dela, com aqueles sorrisos encantadores, pois ele sentia que ela era tudo aquilo que ele sempre sonhara e que nunca iria ter... Certo dia, porém, o poeta teve a chance de vê-la mais de perto, sentir o afago daqueles lábios tão rubros e desejáveis como aquela maçã no galho mais alto... E desvairado pelo devaneio da paixão, o poeta não entendeu que assim como a garça branca, a alva dama dos lábios de mel tinha asas e precisava voar, e sem perceber criou barreiras com palavras e ações, trancando a si próprio em uma gaiola... E hoje melancólico, através das grades que ele mesmo criou, o poeta