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Mostrando postagens de novembro, 2006

Natureza Morta

Deitado no pequeno espaço entre essas duas covas frias eu tento me esconder até a noite chegar... Os minutos demoram passar, e esse silêncio fúnebre me faz adormecer calmamente... De repente sinto o vento de asas e abro os olhos e vejo a lua refletida nas placas que cobrem os túmulos... Levanto e caminho descalço meio as rosas murchas, e túmulos ainda frescos, a brisa fria toca meus lábios qual um doce beijo... Meu ser está em paz, não me sinto mais diferente de todos, pois apesar de ainda respirar, estou morto... Às vezes uma coruja vem e silenciosamente fica olhando em meus olhos, e mais uma vez uma estranha paz me envolve quando mergulho naqueles doces horizontes cinzentos... Quando percebo, por de trás das árvores secas e retorcidas vejo as nuvens de sangue anunciando que tenho que ir para casa, e uma lágrima cai de meu olho... Aprendi a amar a noite, pois nela me descobri, aprendi a temer o dia, pois tudo parece inalcançável... [tags: poesias góticas, tristes, solidão, túmulos, ce

Quero um lugar só nosso...

Quero fugir daqui, quero caminhar livremente meio aos campos e bosques, quero repousar tranquilamente a beira de um riacho de águas límpidas e frias... Quero fugir daqui, quero sentir o calor do corpo dela junto ao meu bem longe dessa fria e monótona paisagem cinzenta... Quero fugir daqui, estou cansado de me perder entre linhas de 0 e 1, if, else, for ou while... Quero fugir daqui, enlaçado ao seu corpo quero olha-la nos olhos e admirar através deles toda a beleza das estrelas no céu... [tags: poesias amor, poesia termos tecnológicos]